Famosos

O que fazer com essa gente!?

O que Sean “Diddy” Combs, rapper e magnata americano, preso acusado de tráfico sexual e promoção da prostituição tem a ver com o Marques de Sade, o famoso nobre francês que viveu ao final do século 18?

Super ricos de seu tempo que achavam que podiam tudo. Diddy por razões que vamos descobrir ao longo das investigações, mas Sade era por concepção filosófica. Os bilionários de seu tempo, sem freios éticos, religiosos, sociais, quais quer sejam!

Em 1.789, a chamada burguesia sem poder político convenceu o povo num processo que começou com o Iluminismo, qual afirmava que a ideia da realeza – com poderes absolutos e a nobreza, seus agentes – não tinha poder de vida e morte sobre o povo e suas vontades.

Neste século 21, a pandemia do covid-19 fez com que os bilionários que já existiam ficassem mais bilionários ainda.

Segundo a Oxfam, as 10 pessoas mais ricas do Planeta mais que dobraram suas fortunas, de US$ 700 bilhões para US$ 1,5 trilhão durante os dois primeiros anos da pandemia de Covid-19. Em sentido oposto, a renda de 99% da humanidade caiu e mais de 160 milhões de pessoas foram empurradas para a pobreza. A Oxfam é uma organização da sociedade civil que atua em mais de 90 países para combater a pobreza, a desigualdade e a injustiça.

Muitos dos bilionários do século 21, ao contrário dos nobres franceses que divulgavam que Deus lhes deu poderes absolutos, não precisam de algum tipo de divindade para lhes dizer que podem tudo.

Nós, na democracia, vemos Diddy tendo que prestar contas. O caso do bilionário Elon Musk que comprou uma rede social, X para dizer o que quer em alguns países – não vive criando caso só no Brasil, mas enfrenta problemas na Europa e recua quando lida com os países não democráticos. Ele é um bilionário da nova economia que não tem pruridos, outros são mais cuidadosos.

Imagina o que outros bilionários em país não-democráticos, autocráticos ou ditaduras fazem por aí? O caso de Mohammad bin Salman, da Arábia Saudita, aquele que mandou esquartejar um jornalista numa Embaixada de seu país na Turquia – que fez os presidentes brasileiros Jair Bolsonaro ou Lula lhe tratarem com mesuras, ou fez o presidente Joe Biden, dos Estados Unidos, lhe suportar e cumprimentar.

É verdade, que seus bilhões se juntam ao poder político, a mesma associação da época, efetivamente, dos nobres franceses.

Sejam os bilionários da velha economia ou os da nova economia não resta dúvida que os agentes sociais precisam dar um freio nessa gente.

Naquele distante século 18, parecia impossível que se desse freio na nobreza que achava que podia tudo. Hoje, em dia, exatamente pelo fato dos bilionários terem o controle da nova economia e, aparentemente, da inteligência artificial parece que não vamos poder controlar essa gente.

São momentos diversos, tempos outros, mas há o denominador comum de que alguém está mandando mais do que deve. Viveremos uns 50 anos mais que aquele povo do século 18, teremos menos filhos, mas a pobreza continua nos apresentando a conta da desigualdade.

A direita, a esquerda, o centro e qualquer outro mais que você quiser colocar na roda, parecem incapazes de apresentar soluções para essa nova encruzilhada que a história nos apresenta.

O que fazer com os bilionários do Século 21?!

Por Genésio Araújo Jr, jornalista

e-mail: politicareal@terra.com.br

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