Economia

Pesquisa da Febraban aponta que a maioria dos brasileiros( 65%) avalia que sua vida vai ficar melhor até o final de 2024

Nesta sexta-feira, 27, a Federação Brasileira dos Bancos  divulgou a sua o RADAR FEBRABAN realizada entre os dias 9 e 15 de setembro, com 2 mil pessoas nas cinco regiões do País, pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (IPESPE).

A maioria dos brasileiros (65%) acredita que sua vida pessoal e familiar irá melhorar até dezembro, mantendo estável a percepção já registrada no primeiro semestre. Em relação ao levantamento de julho, foram pequenas as variações da perspectiva de mudança, seja positiva (de 67% em julho para 65% agora), seja negativa (de 10% para 9%), enquanto aumentou a crença de que a vida ficará igual nos três meses restantes do ano (de 20% para 23%).

Em comparação a 2023, a opinião sobre a evolução da vida pessoal e familiar voltou a subir, chegando a 45% e revertendo a tendência de queda dos levantamentos anteriores. Para 35%, está igual (em julho eram 39%). Metade dos brasileiros acredita na melhora do país no restante do ano.

Para 76% o país, até o final de 2024, continuará como está (26%) ou irá melhorar (50%). Os que manifestam pessimismo representam um quinto (22%).E 42% avaliam que o país melhorou em relação a 2023, quatro pontos a menos que o registrado em julho.

A quarta edição da pesquisa RADAR FEBRABAN, feita em setembro, aponta que a inflação continua sendo preocupação dos brasileiros em 2024. Elevou-se para 74% o percentual da população que avalia que os preços dos produtos aumentaram ou aumentaram muito em comparação com os últimos seis meses.

“O que explica o paradoxo, à primeira vista, entre a percepção do país e os sentimentos quanto à vida pessoal? A visão do país foi afetada pela repercussão da tragédia natural – seca severa e queimadas generalizadas – ao passo que a dinâmica da economia, com baixo desemprego e PIB em ascensão, leva as pessoas a serem otimistas na dimensão pessoal”, aponta o sociólogo e cientista político Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do IPESPE.

Seguem mais resultados do levantamento destacados pela Política Real :

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ECONOMIA

EVOLUÇÃO DO PAÍS

42% avaliam que o país melhorou em relação a 2023, quatro pontos a menos que o registrado em julho. É praticamente estável o contingente que acha que o país está igual ao ano passado (32%, um ponto a mais que na onda anterior). Por sua vez, a percepção de piora sofreu variação de mais dois pontos, indo de 23% em julho para 25% em setembro. Considerado o horizonte de 12 meses, o movimento também é de recuo da percepção de melhoria.

Para 76% o país, até o final de 2024, continuará como está (26%) ou irá melhorar (50%). Os que manifestam pessimismo representam um quinto (22%).

VIDA FAMILIAR

A avaliação de melhora da vida pessoal e familiar em comparação a 2023, que apresentava tendência de queda, voltou a subir para 45%, três pontos a mais que em julho. Para 35%, está igual (em julho eram 39%). E a perspectiva de piora oscilou de 19% para 20%.

A expectativa de melhoria da vida pessoal e familiar até o final de 2024 continua predominante. A maioria dos brasileiros (65%) acredita que sua vida pessoal e familiar irá melhorar até dezembro. Na medida em que o ano se aproxima do final decresce a perspectiva de mudança, seja positiva (de 67% em julho para 65% agora), seja negativa (de 10% para 9%); enquanto aumento a crença de que a vida ficará igual nos três meses restantes (de 20% para 23%).

INFLAÇÃO

Os cinco itens que mais impactaram a inflação são os seguintes:

Preço dos alimentos e outros produtos de abastecimento doméstico, citado por 70% dos entrevistados;

O custo com os serviços de saúde privada e remédios com 32% das citações;

Preços dos combustíveis (28%);

Juros do cartão de crédito e dos financiamentos e empréstimos teve 13% das menções;

Serviços de educação (7%).

PROJEÇÕES DE AUMENTO NOS PRÓXIMOS SEIS MESES:

Inflação e custo de vida: 62% apostam em aumento;

Impostos: 61% acreditam que haverá aumento;

Endividamento das pessoas e famílias: 61% acreditam em aumento das dívidas;

Taxa de juros: 54% acreditam que vai aumentar;

Poder de compra das pessoas: 42% dos brasileiros entendem que haverá queda do poder de compra;

Desemprego: a falta de vagas no mercado de trabalho deve aumentar, na opinião de 39% dos entrevistados;

Crédito das pessoas e empresas: para 34% dos brasileiros, haverá aumento do acesso;

Salários: 31% dos entrevistados afirmam acreditar em aumento salarial.

PRIORIDADES DA POPULAÇÃO

“Saúde” permanece como prioridade, mas o destaque é “Meio Ambiente” que dobrou o número de citações.

Saúde permanece a primeira preocupação (30%) como área prioritária para ações do Governo, na visão dos brasileiros;

Emprego e renda, inquietação central de 22% dos brasileiros;

Educação: 11% no ranking de prioridade;

Inflação e custo de vida também cravaram 11%;

Meio Ambiente:  O tema ganhou importância entre as preocupações dos brasileiros diante das queimadas que afetam milhões de pessoas e chegou a 10%

Segurança permanece na quinta colocação, com 7% das citações;

Fome e pobreza com 3% das menções.

DESEJOS DA POPULAÇÃO

Moradia mantém-se como item central nas aspirações da população. Em caso de melhora da situação financeira, 55% dos brasileiros teriam como prioridade comprar a casa própria (34%) ou reformar seu imóvel (21%).

Em seguida, se houvesse sobras no orçamento, vem o desejo de investir em aplicações bancárias (45%), seja na poupança (20%) ou em outros investimentos (25%)

Investimentos em educação pessoal ou da família vêm na sequência, com 13%.

A vontade de viajar manteve-se em 12%;

O desejo de comprar carro:  9%;

Fazer ou melhorar o plano de saúde: 7%.

ENDIVIDAMENTO

A edição de setembro mostra que é 35% a parcela de pessoas que acreditam que estarão menos endividadas esse ano do que estavam em 2023 e de 37% a parcela daqueles que não veem perspectiva de alteração no endividamento, seja para mais ou para menos.

Por outro lado, o número dos que apostam que estarão mais endividados no final 2024 em relação ao mesmo período do ano passado mantém tendência de evolução, oscilando dois pontos para cima (de 23% para 25%).

Mantém-se em torno de um terço (28%) o percentual de brasileiros declara já ter aderido ou ter pretensão de aderir a algum programa de refinanciamento de dívidas, contra 65% que não o fizeram.

( da redação com informações de assessoria. Edição: Politica Real)

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