DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em leve alta e no Brasil expectativa para o “previsível” Copom
Tivemos acesso ao relatório “Moorning Call” da XP Investimentos apontando que os mercados globais estão em leve alta e no Brasil atenção para reunião “previsível” do Copom com possível alta da Selic.
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Mercados globais
Nesta quarta-feira, os futuros nos Estados Unidos operam com leve alta (S&P 500: +0,1%; Nasdaq 100: +0,1%), enquanto os investidores aguardam pela decisão de juros do FOMC. Atualmente, o mercado atribui uma probabilidade de 65% de um corte de 0,50 p.p. contra 35% de um corte de 0,25 p.p segundo o CME Fed Watch.
Na Europa, as bolsas operam em queda (Stoxx 600: -0,4%), mesmo após a divulgação dos dados de inflação ao consumidor de agosto, que vieram levemente abaixo das expectativas. Na China, a bolsa fechou em alta (CSI300: +0,4%; HSI: não abriu), com destaque para a performance das empresas de semicondutores, repercutindo a divulgação de um documento do governo que sinaliza um fortalecimento dos esforços para promover a indústria doméstica desse segmento.
Economia
Nos Estados Unidos, dados de vendas no varejo divulgados na terça-feira mostraram um aumento inesperado em agosto e reduziram as preocupações acerca de uma desaceleração econômica mais forte. A alta de 0,1% em agosto veio depois de alta de 1,1%¨em julho, e acima da expectativa de queda de 0,2% dos economistas. A produção industrial, por outro lado, mostrou uma recuperação mais forte em agosto, subindo 0,9%, mas teve uma queda revisada para 0,7% em julho, acumulando alta de apenas 0,2% no ano. No Reino Unido, a inflação permaneceu estável em agosto, mas as pressões sobre serviços continuaram e aumentaram as chances de o banco central britânico manter as taxas de juros na quinta-feira.
IBOVESPA -0,12% | 134.960 Pontos. CÂMBIO -0,39% | 5,48/USD
Ibovespa
O Ibovespa fechou em leve queda de 0,1% ontem, aos 134.960 pontos, enquanto o mercado aguarda pelas decisões de juros no Brasil e nos EUA nesta “superquarta”.
O principal destaque positivo do dia na Bolsa brasileira foi novamente Azul (AZUL4, +13,8%), ainda repercutindo o comunicado da companhia afirmando que está em negociações com arrendadores de aeronaves para melhorar a sua estrutura de capital. Já o principal destaque negativo do dia foi CSN Mineração (CMIN3, -2,8%), com movimento de realização de lucros após ter apresentado alta de mais de 20% desde a última semana, que foi causada por um movimento técnico e aumento no preço do minério de ferro.
Para o pregão desta quarta-feira, os destaques serão as decisões de juros pelo Copom no Brasil e pelo FOMC nos EUA. A partir das 19h30, nossos especialistas estarão reunidos ao vivo para comentar os impactos das novas taxas para os seus investimentos. Assista no YouTube da XP.
Além disso, teremos hoje a divulgação dos dados de inflação ao consumidor de agosto na Zona do Euro e no Reino Unido.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de terça-feira com fechamento nos vértices curtos e intermediários, e abertura nos longos. No Brasil, os investidores se reposicionaram esperando majoritariamente uma alta de 25 bps na reunião do Copom, levando à redução das expectativas de curto prazo. Também ocorreu leilão do Tesouro Nacional, no qual o lote de 1,4 milhão de NTN-Bs não foi vendido em sua totalidade. DI jan/25 fechou em 10,945% (queda de 1,5bp vs. pregão anterior); DI jan/26 em 11,78% (queda de 5,5bps); DI jan/27 em 11,81% (queda de 5bps); DI jan/29 em 11,965% (alta de 0,5bp).
Nos EUA, os rendimentos das Treasuries – títulos soberanos americanos – de dois anos fecharam em 3,59% (+3,0bps) e os de dez anos em 3,65% (+2,0bps).
Na agenda do dia, destaque para a decisão de política monetária nos Estados Unidos e no Brasil, que devem ir em direções diferentes. Nos Estados Unidos, há indefinição do mercado quanto ao tamanho do corte – 25 ou 50 pontos base – sendo que uma pequena maioria acredita em um corte maior, enquanto nossa projeção é de um início mais gradual (25 pontos-base). No Brasil, diante do cenário de inflação mais desafiador, a expectativa é de uma alta de 25 pontos-base na reunião de hoje, seguida por novas altas nas próximas reuniões, chegando a 12,0% no início de 2025.
( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real )